Para cumprir com sua tarefa, Esdras recebeu autoridade para fazer designações dentro da terra de Judá. Contava também com recursos por conta do envio do rei com todas as necessidades supridas (Esdras 7). Até mesmo para o sacrifício no Templo havia provisão!
É importante registrar que Esdras e Neemias exerceram seus ministérios de forma simultânea apenas durante algum tempo. O trabalho dos dois não aconteceu sempre ao mesmo tempo. A interpretação cronológica mais comum dá conta que Esdras chegou em Jerusalém antes de Neemias e que depois que este também veio, as coisas se encaminharam melhor. Não que Esdras não estaria conseguindo, mas houve sim um tempo de resistência por parte de alguns que chegaram a criar problemas com o aval do rei. Com Neemias e os profetas Zacarias e Ageu, temos os ajustes finais para encaminhar todas as coisas e Esdras ainda seguia no trabalho.
Quando Esdras chega a Jerusalém com mais um grupo, o que ele encontrou foi uma comunidade muito pobre, ainda enfrentando muitos problemas depois do exílio. Os que permaneceram em Babilônia e em outros lugares pareciam estar até em situação melhor. O desafio de reconstrução era maior que apenas de construções e retomada da religião. Era a reconstrução de um povo mesmo.
Talvez todo esse trabalho tenha ajudado a manter muita coisa parada no que diz respeito a cada construção, principalmente do Templo e dos muros da cidade, que tinha começado antes mesmo de Esdras, tinha parado e só é retomado com Neemias. Havia a disputa de adversários, mas havia a necessidade de um empenho para a reconstrução do povo, da história, da fé, enfim, de tudo. Já havia algumas práticas erradas levando-se em conta a Lei e a preocupação era colocar em ordem para evitar novos problemas como os que aconteceram para desembocar no exílio. Casamentos mistos estavam na mira, afinal a maioria dos judeus havia se casado com mulheres estrangeiras. Além da questão conjugal, claro, sempre havia a questão de assumir outras práticas religiosas.
Terminamos na próxima semana, permitindo o Senhor!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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