Quantas vezes, ao ouvir o lamento de alguém, quando paramos para ouvir, pois muitos nem querem isso, já começamos a falar “chavões” e expressões consagradas, que são verdadeiras, mas que podem não se aplicar naquela situação específica. Precisamos aprender a ouvir e com o discernimento do Espírito, falar o melhor do Senhor em cada situação e não achar que as coisas que sabemos se aplicam em todas as situações.
Tem gente que está sofrendo de verdade e mesmo assim continua firme na fé, apenas precisa chorar, falar da angústia! Mas por existir quem reclame até sem razão ou pessoas que reclamam abandonando a fé, parece que aplicamos os conceitos a todos. Basicamente, é o que aprendemos com os amigos de Jó. Precisamos sim entender que há momentos em que tudo o que a pessoa precisa é falar.
Jó deixa claro que seus amigos sabem das coisas. Mas ele diz que sabe igualmente. Ele não nega tudo aquilo e sabe como as coisas acontecem normalmente. Não quer dizer que o Senhor não faz o ímpio sentir o peso de seus erros, mas algumas vezes aquele que está sim buscando a vontade do Senhor pode passar por coisas que se pensa que só ímpios passariam. Era o que estava acontecendo com Jó!
Ele acaba mostrando que está ficando chateado com aquela intervenção toda dos amigos, que falavam verdades que ele mesmo conhecia e reconhecia, mas que ele sabia que não se aplicavam na sua situação. E chega a querer em determinado momento apresentar sua causa ao Senhor, porque se apenas o ímpio sofre, ele quer saber qual é seu erro ou que aquilo acabe se ele realmente não tem erro! Eis um momento delicado no livro de Jó, pois o Senhor é soberano e parece aqui que Jó conclui, diante dos argumentos dos amigos, é verdade, que pode questionar algo diante do Senhor. E o final do livro nos mostra que apenas nisso Jó exagerou. Antes, não tinha errado, o livro revela! Mesmo no lamento!
Seguimos na próxima semana, permitindo o Senhor!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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